quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Teatro Espetáculos - Sesc São João de Meriti

Teatro - espetáculos

PERDOA-ME POR ME TRAÍRES

Com o ator Roger Gobeth e elenco no Sesc Nova Iguaçu.

Remontagem da famosa tragédia de Nelson Rodrigues. A ação se passa em duas vertentes. A primeira acontece no presente e conta a história de Glorinha, que perdeu a mãe assassinada aos 16 anos. A segunda acontece no plano da memória, revivendo o passado ao mesmo tempo em que o tio conta à Glorinha o real motivo da morte de sua mãe. Direção de Cláudio Handrey. Com Roger Gobeth, Manoelita Lustosa, Breno Guimarães, Andressa Lameu, Juliana Lohmann, Patrícia Ramalho, Fabiana Aveiro, Tamires Nascimento e Cláudio Handrey.

23/10, 20h. R$ 3 (comerciários), R$ 6 (estudantes, idosos), R$ 12. [14 anos] Sesc Nova Iguaçu

14/10, 20h. R$ 3 (comerciários), R$ 6 (estudantes, idosos), R$ 12. [14 anos] Sesc Madureira

22/10, 21h. R$ 3 (comerciários), Grátis (usuários, comerciários AB, comerciários CD e E), R$ 6 (estudantes, idosos), R$ 12. [14 anos] Sesc Teresópolis

29/10, 20h. R$ 3 (comerciários), R$ 12 (usuários, público em geral), R$ 6 (estudantes, idosos). [14 anos] Sesc Campos

16/10, 20h. R$ 3 (comerciários), R$ 12 (usuários), R$ 6 (estudantes, idosos). [14 anos] Sesc São João de Meriti

Feira Cultural - CEGS.

Leonardo Simião e Rafaele.

Igreja do Pilar

Igreja do Pilar
Repleta de história da nossa região.

Vitória da ética na Política.

Dizia-se que éramos pequenos, frágeis, por demais idealistas. E que éramos muito românticos, sem os pés no chão. Dizia-se que era preciso aderir aos "esquemas", e infestar as ruas de placas, para garantir vitória possível. Dizia-se que a utopia estava morta, e que era imperioso se adequar ao sistema para fazer qualquer coisa. Mas, no Rio de Janeiro, no dia 3 de outubro, 240.724 pessoas disseram que não era bem assim. Foi a campanha mais bonita que a cidade bela presenciou, nos últimos anos. Agora, só nos cabe agradecer a você. Sua participação, por menor que tenha sido, foi decisiva.Não foi um resultado qualquer. Foi a vitória dos que não empastelam a cidade, visando os votos fáceis, despolitizados. Foi a vitória dos que se empenharam, nas ruas, sem ganhar um único centavo, dia após dia, pelo que acreditavam. A vitória da campanha alegre, pedagógica, e da conversa ao pé do ouvido com o eleitor. A vitória do voto rebelde, dos que clamam por mudança, ética e justiça social. A vitória daqueles que não se submetem à pequena política, e que utilizam, como matéria prima de seu programa, seus sonhos mais nobres.

Por que votar na Dilma por Eduardo Ribeiro.


PORQUE VOTO DILMA:

Voto na Dilma porque não quero ver a Petrobrás,
o BB, a CEF e mais algum patrimônio do
povo brasileiro serem entregues a
preço de banana pro capital internacional;
voto na Dilma porque sou a favor das diferenças;
voto na Dilma porque, embora contrário ao aborto,
sou a favor do direito de escolha da mulher;
voto na Dilma porque quero mais 14 milhões de
empregos; voto na Dilma porque quero mais
alguns milhões de brasileiros fora da
linha da miséria, voto na Dilma porque
não quero a volta da recessão do período
anterior ao Lula; voto na Dilma porque
não acredito na primeira coisa que a
imprensa burguesa e os grupos da direita
religiosa tentam me vender como verdades;
E finalmente, voto na Dilma porque quero
não somente a permanência, como o
aprofundamento da justiça social em meu
país. E a afirmação definitiva do Brasil
como Nação soberana.
Um forte abraço e bom voto a todos.

Show do Lenine - Dia 22/10/2010.

LENINE

O artista encerra a turnê de “Labiata”, seu primeiro CD inédito de estúdio desde "Falange canibal", de 2002. O show, que já passou pela maioria das capitais brasileiras e pela Europa, é centrado nas canções do disco, como "É o que me interessa", "Martelo bigorna", "Samba e leveza" e "Lá vem a cidade", mas alguns sucessos da carreira também serão lembrados.

:: PONTOS DE VENDA ::

BILHETERIAS DA FUNDIÇÃO PROGRESSO - 2220-5070
De segunda à sexta, das 10h às 13h30 e das 14h às 18h.
Sábados (somente em dias de show) a partir das 12h.

Lojas South Barra Shopping – 2431-8909Botafogo Praia Shopping – 2237-9275Plaza Shopping Niterói – 2620-6769Ilha Plaza Shopping – 2463-7521Iguaçu Top Shopping – 2666-7701 Shopping Tijuca – 2234-3801Nova América – 3277-3060 Lojas Banco de AreiaShopping Leblon – 2239-3444Rio Sul – 3873-0969Loja Rash Comércio Varejista Portuguesa - Ilha do Governador Tel: (21) 3367-3735

Atenção: as mudanças de lotes ocorrem em datas variadas de acordo com as vendas. Antes de se dirigir a um ponto de venda, recomendamos entrar em contato pelo telefone (21) 2220 5070 para verificar o preço atual.

Fundição Progresso

Fundição Progresso - Rua dos Arcos, 24 • Lapa • Rio de Janeiro • CEP 20.230-060 •
Tel: 21 2220.5070

Local de cultura, lazer e muita diversão !!!
Adoro esse lugar, sou até suspeito em falar...
Show que eu fui memorável: Natiruts, Edson Gomes e Tribo de Jah.

Biografia do Lenine por ele mesmo.


Dizem que faço uma música que agrega manifestações musicais brasileiras e de outros cantos do mundo. Sons que não se encaixam em um único gênero e desconhecem limites. Eu concordo. Pelo menos, é o que tento!Vim para o Rio de Janeiro no final dos anos 70, início dos 80. Naquela época tínhamos pouco espaço ou recursos para música em Recife. O Rio seria um possível ou provável crescimento.Morei com alguns amigos, compositores, que são até hoje meus parceiros em tudo. Dividimos por algum tempo um apartamento na Urca, depois uma casinha numa vila em Botafogo, famosa por ter sido moradia de Macalé e Sônia Braga. Depois fomos para Santa Teresa. Todos sempre juntos. Compondo , criando, tentando sobreviver numa época em que nosso som era uma mistura do regional com MPB e o mercado só trabalhava com o rock. Não foi fácil, mas certamente foi fundamental pro que faço hoje.Tenho a felicidade de ter sido gravado por muitos talentos que permeiam todos os tipos de som. Elba foi a primeira a gravar uma canção minha, depois vieram Fernanda Abreu, O Rappa, Milton Nascimento, Maria Rita, Maria Bethânia e muitos outros que confirmaram que minha verdadeira vocação é a composição.Adoro produzir e, como sempre faço meus próprios CDs, fui convidado a trabalhar com alguns amigos. Produzi “Segundo” de Maria Rita, “De uns tempos pra cá” de Chico César, “Lonji” de Tcheka, cantor e compositor do Cabo Verde, e “Ponto Enredo” de Pedro Luis e a Parede.Gosto de novos desafios e sempre fui fã do grupo de dança O Corpo. Por isso foi muito bacana ter feito “Breu” e ver pela primeira vez minha música em três dimensões. Trabalhei em televisão com diretores que admiro profundamente, como Guel Arraes e Jorge Furtado. Para eles fiz a direção musical de “Caramuru a Invenção do Brasil” que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Tive também a honra de fazer a direção musical de “Cambaio”, musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.De todos os meus CDs, elejo o “Olho de Peixe” como o mais importante de minha carreira, porque foi com ele que eu descobri que a música poderia me levar a qualquer lugar.É o que faço até hoje, e que pretendo continuar fazendo por muito
tempo.Lenine, setembro de 2008

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Eleições 2010 !!!


Dilma chegou perto...Mas, não deu no primeiro turno.
Marina Silva trouxe uma avalanche de votos.
José Serra sem comentários.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

JIGORO KANO

Biografia

Nascido em 28 de outubro de 1860, em Mikage, prefeitura de Hyogo no Japão, terceiro filho de Jirosaku Mareshiba Kano, alto funcionário da marinha imperial, seus pais queriam que seguisse a carreira de diplomata ou político, mas Jigoro Kano preferiu o magistério, embora de personalidade marcante, possuía físico franzino, medindo 1,50 metros de estatura e pesando uns escassos de 48 kg, o que dificultava o seu ingresso na maioria dos esportes. Em 1871 com 11 anos de idade foi mandado para Tóquio para estudar o idioma inglês, então indispensável para o progresso em qualquer sentido e que, possibilitou mais tarde tornar-se professor e tradutor dessa língua e ainda montar sua própria escola em Tóquio, a Kobukan (escola de inglês).

Aos 16 anos, decidiu fortificar o corpo, praticando a ginástica, o remo e o basebol. Mas estes desportos eram demasiados violentos para sua débil constituição. Além disso, nas brigas entre estudantes, Kano era sistematicamente vencido. Ferido na sua qualidade de filho de um Samurai decidiu estudar o Jiu Jitsu. Quem lhe ensinou os primeiros passos foi o professor Teinosuke Yagi. Posteriormente, em 1877, matriculou-se na Tenshin Shinyo Ryu, sendo discípulo do mestre Hachinosuke Fukuda. Em 1879, com a idade de 82 anos, Fukuda morreu e Kano herdou seus arquivos. Tornou-se em seguida aluno do mestre Masatomo Iso, um sexagenário que possuía os segredos de uma escola derivando igualmente do Teshin Shinyo Ryu.

Continuando o seu treinamento, Jigoro Kano torna-se vice-presidente da escola. Infelizmente, Masatomo Iso, morreu muito cedo e Kano novamente encontrou-se sem professor. Contudo Kano continuou a treinar intensamente, mas um bom professor lhe era indispensável. Foi então que procurou o mestre Tsunetoshi Likugo que lhe ensinou a técnica da escola Kito Ryu. Como Kano até então só praticara sempre as lutas corpo a corpo, sempre usando roupas normais, a escola de Kito ensinou-lhe o combate com armadura. Pouco a pouco, Kano fez a síntese das diversas escolas criando um sistema próprio de disciplina, continuando, no entanto a treinar com o mestre Likugo até 1885.

Kodokan

Em fevereiro de 1882, Jigoro Kano inaugura sua primeira escola denominada Kodokan (Instituto do Caminho da Fraternidade). A Kodokan estava localizada no segundo andar de um templo budista Eishoji de Kita Inaritcho, bairro de Shimoya em Tóquio, onde havia doze jos (jo medida de superfície, módulo de tatame). O primeiro aluno inscreveu-se em 05 de junho de 1882, chamava-se Tomita. Depois vieram Higushi, Arima, Nakajima, Matsuoka, Amano Kai e o famoso Shiro Saigo (Sugata Sashiro). As idades oscilavam entre 15 e 18 anos. Kano albergou-se e ocupou-se deles como se fosse um pai. Foi um período difícil, mas apaixonante, o jovem professor não tinha dinheiro e o shiai-jo media 20m², mas a escola progrediu e em breve tornou-se célebre.

Eu estudei jujutsu não somente porque o achei interessante, mas também, porque compreendi que seria o meio mais eficaz para a educação do físico e do espírito. Porém, era necessário aprimorar o velho jujutsu, para torná-lo acessível a todos, modificar seus objetivos que não eram voltados para a educação física ou para a moral, nem muito menos para a cultura intelectual. Por outro lado, como as escolas de jujutsu apesar de suas qualidades tinham muitos defeitos - concluí que era necessário reformular o jujutsu mesmo como arte de combate. Quando comecei a ensinar o jujutsu estava caindo em descrédito. Alguns mestres desta arte ganhavam a vida organizando espetáculos entre seus alunos, por meio de lutas, cobrando daqueles que quisessem assistir. Outros se prestavam a ser artistas da luta junto com profissionais de sumô. Tais práticas degradantes prostituíam uma arte marcial e isso me era repugnante. Eis a razão de ter evitado o termo jujutsu e adotado o do judô. E para distinguí-lo da academia Jikishin Ryu, que também empregava o termo judô, denominei a minha escola de Judô Kodokan, apesar de soar um pouco longo.

— Jigoro Kano, em 1898, em uma de suas conferências
Técnicas

Jigoro Kano desenvolveu as técnicas de amortecimento de quedas (ukemis), bem como criou uma vestimenta especial para o treino do judô (o judogui), pois o uniforme utilizado pelos cultores de jujutsu, denominado hakamá provocava freqüentemente ferimentos. A nova arte do mestre tinha duas formas distintas, uma abrangia as técnicas de queda, imobilizações, chaves e estrangulamentos. Essa forma evoluiu para o esporte e a outra parte consistia nas técnicas de golpear com as mãos e os pés, em combinações com agarramentos e chaves para imobilização, inclusive ataques em pontos vitais, atemi-waza. Essa forma evoluiu para a defesa pessoal, goshin-jutsu.

Morte

Jigoro Kano nos legou vários manuscritos, nos quais em geral assinava com pseudônimos, dentre estes, um muito usado por ele era "Ki Itsu Sai" que quer dizer, tudo é unidade. Kano também era poliglota, pois falava quatro línguas além do japonês, francês, alemão, inglês e espanhol. Lamentavelmente a 04 de maio de 1938, morre Jigoro Kano de problemas pulmonares, a bordo do transatlântico "Hikawa Maru", quando voltava do Cairo, onde havia presidido a assembléia geral do comitê internacional dos jogos olímpicos. Não houve para ele tempo de assistir a Universidade do Judô, mas tinha certeza da sua perpetuação. "Quando eu morrer, o Judô Kodokan não morrerá comigo, porque muitas coisas virão a ser desenvolvidas se os princípios de minha arte continuarem sendo estudados". Jigoro Kano fundou a Kodokan com muito esforço e vontade, no começo ele não tinha dinheiro para manter a academia, mas depois vários alunos foram vindo fazer judô e assim ele conseguiu pagar a academia, e assim surgiu o judô, com o esforço e amor de Jigoro Kano!
Extraído do site: wikipédia - A anciclopédia livre.

MEU ANJO

MEU ANJO

Quando te vi meu olhar se fez penetrante
Eu e você verdadeiramente dois amantes

Pensei que estava no céu envolto entre nuvens
Mas, percebi que eram apenas lençóis brancos

Sua pele negra, sua boca, seu beijo e seu olhar
parecia que o mundo nesse instante estava a parar

para de gole em gole eu te adorar
Não pense que falarei que foi bom
Pois, ainda não encontrei uma definição

Não sei o que você está fazendo comigo
Só sei o que você fez hoje

Eu nunca mais vou esquecer
da sua pele negra, da sua boca, de seu beijo e do seu olhar.


LEONARDO SIMIÃO

(Duque de Caxias)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

"Uma vida dividida com os mais pobres e oprimidos" Leonardo Boff recebe medalha Pedro

Ernesto na Câmara do RioCerca de 200 pessoas lotaram o plenário da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CMRJ) nesta segunda-feira para assistir a entrega da Medalha Pedro Ernesto ao professor, teólogo e escritor Leonardo Boff. A homenagem, que é a maior comenda do Município, foi proposta em 1996 pelo então vereador (hoje deputado federal pelo PSOL) Chico Alencar. O vereador Eliomar Coelho (PSOL) fez o requerimento para a homenagem esse ano, porém se constatou a existência da proposta 2928/2006, que já tinha sido aprovada por unanimidade. Como Boff não a havia recebido ainda devido ao silêncio obsequioso imposto pelo Vaticano à época, Eliomar tornou-se realizador da homenagem.

Estavam presentes ao evento, que durou cerca de duas horas, o Deputado Chico Alencar, o Deputado Estadual Marcelo Freixo (PSOL), Shirley Orozco, cônsul do Estado Plurinacional da Bolívia no RJ, Miguel Baldez, professor e Coordenador do núcleo de Loteamentos da Procuradoria Geral do Estado, Marina dos Santos, membro da Coordenação Nacional do MST, Tereza Cavalcante, teóloga e professora universitária. Nos intervalos das homenagens lidas e proferidas, números musicais com o Coro da Camara Municipal do Rio de Janeiro, sob a regência de Cássia Borja, além da voz de Lucio Sanfilippo, com Tiago Prata no violão.

Discursos e mensagens

Uma série de homenagens foram proferidas. O Vereador Reimont (PT), primeiro a falar na tribuna, disse que, na verdade, "a medalha é que o (Boff) recebe, a medalha é que o tem." Relatou que aprendeu com o homenageado, quando foi seu aluno de Teologia em Petrópolis, que Jesus Cristo "é mesmo libertador quando nós nos comprometemos com os pobres". Aprendeu também a tomar "um chá de povo, ir ao encontro das classes minoritárias" quando a chateação lhe chegasse.

Dos que não puderam estar presentes à cerimônia, enviaram mensagens de parabéns à Leonardo Boff os vereadores Andrea Gouvea Vieira (PSDB), Stepan Nercessian (PPS), Vera Lins (PP), Aspásia Camargo (PV), Clarissa Garotinho (PR), Carlo Caiado (DEM), Roberto Monteiro (PC do B) e Sebastião Ferraz (PMDB).

A seguir, Eliomar Coelho também homenageou Boff e antes de descrever sua biografia, declarou que a entrega da Medalha era mais que especial. "Leonardo Boff é a expressão de uma vida dividida com os mais pobres e oprimidos. Sua biografia é conhecida por todos e revela sua opção.

"O professor Miguel Valdez, que conheceu o teólogo na UERJ quando coordenava o curso de Direito Social, declarou que Boff encontra na solidariedade os fundamentos para a construção de um novo Direito. "Realmente foi um dos esteios do curso. Era um curso crítico. E para nós era fundamental contar com um homem universal como o Boff", resumiu.

Tereza Cavalcanti, grande amiga do homenageado, disse que Boff soube aproximar a Teologia do homem. "A Teologia que o Leonardo traz é uma Teologia viva, que tem força, tem sabor. Nós merecemos um teólogo como Leonardo", declarou.

"Boff é um entusiasta natural do MST", disse Marina dos Santos. A seu ver, os bens naturais estão em disputa pelo capital para garantir lucro , gerando prejuízos para a Humanidade. "Os ensinamentos de Leonardo Boff precisam ser colocados em prática, sobretudo valorizar a natureza, os bens naturais e não deixar de lado o saber-cuidar das pessoas, do conjunto da vida", concluiu.

Marcelo Freixo relembrou ter conhecido Boff em 1996 em Niterói, quando era coordenador de um projeto de educação em presídios. Ao explicar sobre o projeto, Boff disse-lhe: "trabalhar com os presos é remar contra a amnésia da sociedade". "Todos que defendem a vida, direitos humanos e educação pública beberam na fonte de sabedoria e das atitudes de Leonardo Boff", declarou Freixo.

Shirley Orozco ressaltou a atuação de Leonardo na questão ecológica. "Nunca teve tanta importância e repercussão como nos últimos tempos: a concepção dele (Boff) na linha ecológica e humanista e o paradigma da relação do Homem com a Natureza". Shirley disse também que o Brasil "foi muito bem representado por Leonardo", referindo-se a participação do Teólogo na recente Conferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e os Direitos da Mãe Terra ocorrida em Cochabamba no mês passado.

Em seu discurso, Chico Alencar fez referências literárias para descrever sua honra em participar do evento, citando nomes como Chico Buarque e Geir Campos. "(a homenagem a Boff é) A celebração, o culto da vida, da esperança e da persistência. Em vez do silêncio obsequioso, o verbo precioso. Em vez de qualquer repressão, de moderna inquisição, a palavra, a música que vem do coração", disse o Deputado. Chico afirmou ter aprendido com Boff algo que é um desafio para todos: "Não adianta pregar revolução se nós não nos revolucionamos cotidianamente. Fazer do necessário o suficiente e viver mais simplesmente para que simplesmente todos possam viver", finalizou.

Evento " 122 Anos de escravidão ! Para onde vamos ?

Evento “122 anos de abolição! Para onde vamos?” propõe arte e reflexão em Caxias
No dia 28 de maio, próxima sexta-feira, a cidade de Duque de Caxias irá promover, no Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, o evento “122 anos de abolição! Para onde vamos?”. A realização é da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Negro e Promoção da Igualdade Racial e Étnica de Duque de Caxias, com patrocínio exclusivo da Caixa Econômica Federal e produção da Terreiro de Idéias: Arte, Comunicação, Cultura.

A ação cultural, através de três atividades integradas, pretende potencializar a reflexão dos participantes, bem como da população, em torno das políticas públicas direcionadas à população negra, aproveitando o Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo, lembrado no último dia 13. A ação visa ainda estimular o diálogo entre artistas visuais da cidade, que tiveram seu dia comemorado no dia 8 desse mês, promovendo atividades que integrem as obras artísticas dos mesmos à temática afro-brasileira.

Desse modo, irá acontecer um seminário, das 8h às 18h, o qual irá fomentar o debate crítico entre os participantes, com representantes significativos do movimento negro brasileiro, como o intelectual e ativista Abdias do Nascimento, indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2010; Muniz Sodré, pesquisador, professor da Escola de Comunicação da UFRJ e Presidente da Fundação Biblioteca Nacional; a atriz e Superintendente da Igualdade Racial, Zezé Motta; além de Oraida Almeida, representante da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, e lideranças religiosas como Alufá Abdullahi Sanin Aleiso, líder da Irmandade dos Crioulos Africanos Mulçumanos e Iya Torodi de Ogum, Ialorixá do Ilê Asé Ala Koro Wo e Membro da Rede Iyá Ágbá.

Concomitantemente ao seminário, no pilotis da Biblioteca Municipal Governador Leonel Brizola, artistas plásticos previamente inscritos, irão participar de uma gincana que terá início durante às 8h e término às 17h. A atividade irá premiar o melhor trabalho produzido sobre o tema do evento. As inscrições estarão abertas até o dia 27 de maio, véspera do evento, para todos os artistas plásticos que queiram participar, na Escola de Artes – Secretaria Municipal de Cultura e Turismo – Praça Roberto Silveira, 31 – 4° andar – 25 de agosto / Duque de Caxias – RJ, de 2ª à 6ª, de 9h às 17h.
A premiação irá contemplar 1°; 2° e 3° lugares, da seguinte forma: 1° lugar – R$ 800,00; 2° lugar – R$ 500,00; 3° lugar – R$ 300,00.
Ao término da gincana, os trabalhos serão expostos na Biblioteca Municipal Governador Leonel de Moura Brizola durante uma temporada e, em seguida, na Casa Brasil – Unidade Imbariê.
A terceira e última ação proposta pelo evento será a abertura da exposição “África: o berço da Humanidade?”, que entrará em cartaz no palco reversível do Teatro Municipal Raul Cortez, voltado para fora, em direção à Praça do Pacificador, com escadas de acesso para o público. Quem assina a exposição é o artista Oséias Casanova, de Duque de Caxias, cujas obras já foram expostas em Pequim, Bangkok e Áustria.

A exposição fica aberta à visitação até o dia 11 de junho, sempre de terça-feira à sábado, das 10h às 17h. O evento tem entrada gratuita e é dirigido à toda a população, a movimentos sociais, bem como estudantes e professores.