quinta-feira, 27 de julho de 2017

O POETA DA LIBERDADE

Agostinho Neto e a liberdade angolana

Nova África mostra a história do idealizador da independência de Angola

Nova África - TV BRASIL



Angola é o quinto maior país africano e é reconhecido pelo mundo como uma das nações com maior potencialidade econômica da região. Com acesso ao mar, recursos a agrícolas e minerais abundantes, 18 milhões de pessoas respiram o ar da liberdade e desfrutam de um país em franco desenvolvimento.

Mas nem sempre as coisas foram assim. A liberdade de Angola não ocorreu com facilidade e custou o sangue e a vida de muitas pessoas. O Nova África mostra a saga de um guerreiro e idealizador da independência angolana: Agostinho Neto. Filho de um pastor evangélico e de uma professora, Agostinho desde sempre demonstrou capacidade para os estudos.
O ingresso no curso de medicina na Universidade de Coimbra proporcionou a Agostinho Neto novas perspectivas sociais. Mais tarde, seu posicionamento político acabou levando-o à prisão pela polícia política portuguesa.
O programa mostra os primeiros passos de Agostinho Neto na revolução ao participar da fundação do Movimento Anti-colonialista(MAC), impulsionado pelo também revolucionário Guineense, Amílcar Cabaral. Veja também como foi criado o Movimento Popular de Liberação de Angola (MPLA), que até hoje se encontra no poder e responsável pelas evoluções do país.
Mbeto Traça, general angolano que conviveu com Agostinho, revela fatos inéditos sobre esse herói nacional e a sua sensibilidade à frente dos problemas enfrentados por uma Angola colonial.
Quem também fala sobre Agostinho é a sua esposa Maria Eugênia Neto, e sua filha Irene Neto, que contam sobre o dia a dia de Agostinho e a sua simplicidade e sensibilidade aos problemas da população. O programa mostra as dificuldades políticas enfrentadas por esse combatente da liberdade e as suas superações em um período político conturbado em todo o hemisfério.

terça-feira, 25 de julho de 2017

25 DE JULHO - DIA NACIONAL DA MULHER NEGRA

25 DE JULHO - DIA NACIONAL DA MULHER NEGRA. #Mulher #Negra

A data foi instituída pela Lei nº 12.987/2014, inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, criado, em julho de 1992, como um marco internacional da luta e resistência da mulher negra no mundo. Essa data também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual Estado de Mato Grosso durante o século XVIII.
Em comemoração, serão realizadas audiências públicas, festivais, seminários, conferências e feiras, entre outras atividades, que têm por objetivo reafirmar a identidade, a história e a luta das mulheres negras brasileiras, representadas pela força e determinação de Tereza de Benguela.

A “Rainha Tereza”, como ficou conhecida, assumiu a liderança do Quilombo de Quariterê após a morte do companheiro, José Piolho, por soldados comandados pelas autoridades locais. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, sendo 79 negros e 30 índios.

Números recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 71% das mulheres negras estão em ocupações precárias e informais, contra 54% das mulheres brancas e 48% dos homens brancos. O salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca. Mesmo quando sua escolaridade é similar à escolaridade de uma mulher branca, a diferença salarial gira em torno de 40% a mais para esta.
Um outro estudo, realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em 2014, mostra que 68% da população das penitenciárias femininas do País são mulheres negras, contra 31% de mulheres brancas e 1% de indígenas. Os dados também apontam que 49% da população penitenciária feminina do País têm menos de 29 anos e 50% possui apenas o ensino fundamental incompleto. O levantamento revela, ainda, que o Brasil ocupa a 5ª posição da lista de 20 países com maior número de mulheres presas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China, Rússia e Tailândia.
Fonte: Portal Brasil - CIDADANIA E JUSTIÇA, com informações da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racialhttp://www.brasil.gov.br/…/dia-da-mulher-negra-e-comemorado…

segunda-feira, 17 de julho de 2017

FÓRUM GRITA BAIXADA

Lançado em 05 de junho de 2017, o Atlas da Violência 2017 (com dados de 2015) será apresentado e discutido pela primeira na Baixada Fluminense no dia 20 de julho.

A inciativa, fruto da parceria entre o Centro de Dreitos Humanos de Nova Iguaçu e o Fórum Grita Baixada, quer contribuir para um duplo objetivo: primeiro, lançar um olhar mais preciso e técnico sobre o fenômeno da violência. Hoje em dia há muitas visões distorcidas sobre as causas e as consequencias da violência, provocadas especialmente por informações incompletas e pouco aprofundadas, em especial da televisão, principal fonte de informação da maioria da população.

Se por um lado a violência é algo visível no quotidiano, ela não atinge a todos da mesma forma. Por exemplo, o número de mortes decorrentes de intervenção policial já ultrapassou o de latrocínio (roubo seguido de morte). Essa é uma informação que poucas pessoas conhecem. E qual a importância desse conhecimento quando vemos um discurso quase onipresente de maior efetivo policial nas ruas e da presença de guardas municipais armados?

Essa pergunta nos remete ao segundo objetivo do evento e que dá sentido ao título Para Além dos Números. Mais do que o conhecimento técnico em si, o que se pretende é realizar uma discussão política sobre tais informações, pois existem questões ligadas a quem morre e o real significado dessas mortes para a sociedade. Por exemplo, enquanto a taxa de homicídios dos não negros caiu 12,2% entre 2005 e 2015, a dos negros subiu 18,2%. Em que medida tal informação orienta as políticas públicas de segurança, assistência social, educação, esporte, cultura e lazer? Em que medida tal informação é apropriadada pela sociedade quando se pede a redução da maioridade penal?

Saiba Mais:
O Atlas da Violência é um publicação do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O encontro Para Além dos Números, que acontecerá dia 20 de julho no salão da Igreja Nossa Senhora de F´átima e São Jorge, no Centro de Nova Iguaçu, as 17h30min, contará com a presença do pesquisador do IPEA, Daniel Cerqueira; da Coordenadora da Anistia Internacional, Jurema Werneck e do assessor político do Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu, Fransérgio Goulart.

A entrada é gratuita. A Igreja de Nossa Senhora de Fátima e São Jorge fica a poucos metros da estação de trem de Nova Iguaçu e próxima do Hospital Iguaçu. O Endereço da Igreja é Avenida Getúlio Vargas, 220 - Centro.

Dúvidas? Entre em contato com o Fórum Grita Baixada:
(21) 2767-0472 (ramal 207)
Atendimento de 9 às 12 horas e de 13 as 17 horas.

FONTE: http://forumgritabaixada.org.br/para-alem-dos-numeros

NEGRO, POBRE E FAVELADO




Semana de Mobilização Julho Negro começa hoje no Rio

Agência Brasil
A violação dos direitos humanos da população negra, pobre e de periferia no Brasil e em outras partes do mundo será tema de uma semana de mobilização chamada Julho Negro que começa hoje (17) no Rio de Janeiro. Até sexta (21), protestos, pesquisas e ações de conscientização vão levar o tema a diversos pontos da região metropolitana.
Realizado pela primeira vez em 2016, o projeto é organizado por movimentos de familiares de vítimas de violência policial, fóruns de moradores de favelas e periferias e parcerias internacionais como o movimento antirracista americano Black Lives Matter, movimentos de imigrantes haitianos e militantes pelos direitos humanos da população palestina.
Assessor do Centro de Direitos Humanos da Diocese Nova Iguaçu, Fransergio Goulart disse que o movimento começa hoje com atos contra a discriminação de religiões de matriz africana e pela valorização da vida dos moradores de favela. Ao longo da semana, serão feitas homenagens às vítimas da Chacina da Candelária, que completa 24 anos no próximo dia 23. Amanhã,  às 16h, haverá um ato em frente à igreja, e no dia 21, missa no mesmo local.
"Queremos pensar a criação de uma frente internacional para discutir a questão do racismo e da militarização, porque a vemos processos semelhantes na Palestina, nas favelas do Rio e no Haiti", disse Fransergio, que também é integrante do Fórum Grita Baixada e do Fórum Social de Manguinhos.
Estão previstas panfletagens contra o racismo na Central do Brasil e diálogos em favelas da capital e da região metropolitana. Questões de gênero também farão parte da programação, e mesa na quarta-feira à noite vai discutir machismo e masculinidades.
Na manhã de hoje, mães que perderam os filhos em ações policiais participaram de entrevista coletiva na Casa Pública, em Botafogo, para falar sobre a importância do projeto. Representando a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, Maria Dalva da Costa Correia da Silva denunciou que moradores de comunidades pobres do Rio muitas vezes são mortos pela cor de sua pele e pelo lugar onde moram.
"Cada vítima que se vai, não vai sozinha, ela arrasta amigos e familiares. É muito difícil para a mãe, que tem outros filhos e que perde trabalho, porque a família está destroçada", disse a militante, que perdeu o filho Thiago na Chacina do Borel, em 2003. "Os policiais muitas vezes têm a mesma origem. E isso pra gente é muito triste. São pessoas pobres, de periferia".
Coordenadora e fundadora do Movimento Mães de Maio, Débora Silva pediu que as pessoas enfrentem o medo e se juntem à luta pelos direitos humanos e contra o racismo: "Mesmo se a gente não for pra luta, a gente morre lentamente, porque o que nos mata é a impunidade", disse ela, que perdeu o filho em maio de 2006, quando 564 pessoas morreram em operações policiais, ataques do Primeiro Comando da Capital e de grupos de extermínio.

FONTE: JORNAL DO BRASIL

NOVO LIVRO NA PRAÇA: ÁLBUM LIMA BARRETO - FOTOS LITERÁRIAS DE FATOS HISTÓRICOS


Por Sérgio Luiz Monteiro Mesquita


Tenho uma notícia, que muito me alegra, e espero que seja de alegria para muitos: lancei um livro com dois colegas, Regina Céli Alves da Silva e Alexandre Ribeiro Samis, cujo tema é a ligação entre a História e a Literatura na obra de Lima Barreto. Ele será o escritor homenageado pela Flip em Paraty. 

Abaixo, apresento a capa do livro, baseado numa aquarela pintada por um dos filhos de Regina, com o busto desse singular escritor, jornalista, cronista e contista, dedicado a escrever sobre os pobres, os oprimidos, os discriminados, os desajustados e perdedores da sociedade brasileira de seu tempo. Realmente, Lima Barreto caminhou na contramão (e por isso lidando com dificuldades e reprovações) da produção literária de seu tempo, ainda muito presa ao "sorriso da sociedade",e ao registro do mundo pela ótica dos ricos, dos poderosos e dos bem aquinhoados. 
Eu e meus colegas selecionamos trechos de quatro romances de Lima Barreto e fizemos sobre cada um desses trechos um comentário de fundo histórico. Mostramos assim algo do contexto da época em que ele viveu e sobre a qual escreveu - a virada do século XIX para o século XX, com as mudanças então acontecendo na sociedade brasileira, entre as quais as reformas na cidade do Rio de Janeiro, os inícios da República, e a reestruturação da vida social, cultural e econômica após o fim da escravidão no país. A temática é bastante interessante, e tem reflexos até hoje no Brasil. Vale tanto a pena ler, quanto refletir e discutir os pontos que são levantados no trabalho que fizemos.


Sinopse do livro


Álbum Lima Barreto é uma homenagem dos autores àquele que eles consideram uma voz importante para a cultura brasileira, em geral, e para a história e a literatura, em particular. Por isso, decidiram mostrar em quatro romances, dos cinco escritos pelo artista, os vários momentos e eventos históricos que permeiam as narrativas. Para levar a cabo tal tarefa, tiveram a ideia de produzir um álbum, no qual, em vez de imagens, pudessem mostrar trechos das obras do escritor, e, a partir deles, anotar no verso, como se costuma fazer com as fotografias, as referências expressas.
Assim, a leitura de Recordações do escrivão Isaías CaminhaTriste fim de Policarpo QuaresmaVida e morte de M. J. Gonzaga de Sá e Clara dos Anjos revestiu-se de um caráter, ao mesmo tempo, investigativo e lúdico, proporcionando aos produtores/organizadores do Álbum conjugar pesquisa acadêmica e estímulo à fruição artística.
Dessa forma, acreditam que poderão levar a um público amplo o contato com a obra do grande Lima Barreto. Através desse contato, esperam incentivar a leitura desses e de outros textos do autor, bem como situá-los à luz do seu contexto histórico. Por isso mesmo, tiveram o cuidado de explicar, além dos fatos aos quais os fragmentos se referem, os termos e nomes que aparecem citados.