quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

LUZ, PEDIMOS LUZ!

(Texto copilado)    
    Quem fica indiferente às luzes do Natal, aos fogos cortando a noite na virada do ano? Costumamos simbolizar nossa eterna busca de felicidade com o que ilumina. Queremos sempre luz na escuridão, claridade vencendo as sombras. Parte dessa ânsia de luz talvez venha da nossa ancestralidade: bichinhos frágeis, a escuridão da noite nos deixava ainda mais desamparados. Nem nas cavernas estávamos protegidos. Os sinais do alvorecer nos punham de pé. Domesticar o fogo garantiu nossa sobrevivência de sapiens.

    Na religiosidade de matriz africana, a mais antiga, pois naquele continente está o berço da humanidade, o fogo congrega e comunica com o transcendente. No candomblé e na umbanda, os espíritos superiores são “de luz” e os trajes brancos favorecem a abertura de caminhos. Os judeus celebram sua “festa das luzes”, o Hanuká, relembrando a vitória do pequeno grupo dos macabeus sobre o poderoso exército do rei da Síria. A Menorah, seu símbolo maior, é um candelabro de sete hastes.  No Corão, “Alá é a Luz dos céus e da terra” e um candeeiro com o óleo da oliveira, “árvore bendita”, faz o fogo brilhar ainda mais (grato por me explicar, Arnaldo Bloch).


    Há luz no nosso caminho quando nos abrimos ao outro, combatendo a sombra do egoísmo. Há luz na nossa estrada quando, na contramão do sistema de consumo e do mercado total, valorizamos mais o ser do que o ter. Há luz no nosso dia a dia quando deixamos de lado as mesquinharias e nos convertemos a valores como a solidariedade e a justiça, traduzindo-os em atitudes concretas. Há luz em nossa existência quando, mesmo diante da perda e da dor, encontramos força para seguir na viagem, alimentados pela fé – que é sempre um face-a-face no escuro. A luz do amor brilha em nós quando nos colocamos, uns com os outros, em marcha para superar preconceitos, dominações, todas as opressões. 
Afinal, como disse Maiakovski, “gente é pra brilhar: esse é o meu slogan. E o do sol também”. Mais um ano chegou: lúmen!

Por Chico Alencar, professor de História, escritor e deputado federal (PSOL/RJ).

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

VIAGEM

Excursão para Diamantina – Semana Santa – 29/3 a 1º/4/2018
Contato: 96881-5072 (whatsapp) ou 98630-2773 - Angelo

Saída: 29/3/2018 – quinta-feira, às 19 horas 
Retorno: 1º/04/2018, domingo às 11 horas.

Saída da Praça Humaitá, em Duque de Caxias – Tolerância de atraso para embarque de 20 minutos – A viagem tem duração aproximada de 10 horas.

Valor R$ 720,00 que podem ser divididos em 03 parcelas de R$ 240,00
1ª parcela - R$ 240,00 – até 15/1/2018
2ª parcela - R$ 240,00 – até 15/2/2018
3ª parcela - R$ 240,00 – até 15/3/2018


Veja o que o pacote inclui:
• Passagem em ônibus com ar condicionado, TV, frigobar e banheiro;
• Hospedagem (02 diárias com café da manhã incluído) na Pousada Jardim do Vale, localizada próxima ao Mercado Velho – centro de Diamantina;
• Acompanhamento de Guia local, cadastrado junto ao Ministério do Turismo;
• City tour na sexta-feira por Diamantina, com almoço – sem balança, e refrigerante incluído;
• Tour Ecológico no sábado – com visitação a local com pinturas rupestres e à cachoeira da Sentinela – incluindo o almoço na Vila do Biribiri;
• Ônibus local para o passeio ecológico.
Taxa de visitação nos locais que são pagos, já inclusa.
• O pagamento será feito via depósito bancário, informado ao fazer a inscrição.

Eu recomendo esta viagem.Pois, grupo super agradável e organização impecável.
Ass: Leonardo Simião

domingo, 12 de novembro de 2017

PROJETO: CONSCIÊNCIA NEGRA


PROJETO: CONSCIÊNCIA NEGRA
ESCOLA ESTADUAL VILAR DOS TELES
SÃO JOÃO DE MERITI-RJ
DATA: 14 de NOVEMBRO
INÍCIO: 13:30 HORAS
PALESTRAS
SHOW DE MÚSICA
EXIBIÇÃO DE FILME
 EXPOSIÇÃO DE FOTOS
PROGRAMAÇÃO
13h:30min – EXIBIÇÃO DE FILME
14h:30min - PALESTRAS:
- PROF. MÁRCIO ÁLVES
- PROF. HÉLIO VENTURA
- PROFA. JULIANA DRUMMOND
15h:30min - APRESENTAÇÃO MUSICAL:
- HÉLIO VENTURA

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

ASSINATURA DE PETIÇÃO PARA QUE PAULO FREIRE CONTINUE SENDO PATRONO DA EDUCAÇÃO BRIASILEIRA

Seremos centenas de milhares em defesa de Paulo Freire e contra a revogação do título de Patrono da Educação Brasileira.

- Instituto Paulo Freire

 Para assinar esta carta, acesse:https://www.peticao24.com/paulo_freire_patrono_da_educacao_…

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     No site do senado (https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaoideia?id=90310), está registrada a proposta de se revogar o decreto que institui Paulo Freire como Patrono da Educação Brasileira. Título recebido por meio da Lei 12.612, de 13 de abril de 2012, de autoria da Deputada Federal Luíza Erundina. Ao alcançar 20 mil apoios, a ideia se transforma em uma sessão legislativa e será debatida pelo Senado. Até o momento, já são quase quinze mil apoios. Não se trata de uma consulta. Trata-se de uma proposta que só abre espaço para os apoios favoráveis à revogação da lei. No mesmo endereço, não há um campo para os que queiram registrar protesto a tamanha ousadia. Se não há espaço, nós os criaremos. Não seremos 20 mil. Seremos centenas de milhares em defesa de Paulo Freire.

     Não bastassem as faixas e os cartazes hasteados por época das manifestações pró-impeachment da presidenta Dilma Roussef; não bastasse a alteração deliberada do texto da biografia de Paulo Freire, na Wikipédia,  deturpando, enganando, violentando e desrespeitando, de forma condenável, o legado freiriano; não bastassem todos os ataques a Paulo Freire por parte daqueles que defendem uma Escola Sem Partido; agora querem interditar o Patrono da Educação Brasileira. "Até que um dia,/o mais frágil deles/entra sozinho em nossa casa,/rouba-nos a luz". Não! Não passarão!

     As considerações que são apresentadas para justificar o pedido de revogação do título de Patrono da Educação Brasileira são absurdas; não têm fundamento. Paulo Freire propôs uma teoria do conhecimento que promove a educação crítica e emancipadora, que reconhece educador e educando como sujeitos do processo educacional. Ele propõe uma educação problematizadora, contrapondo-se à "educação bancária", esta, sim, doutrinadora. Sua obra mais conhecida, Pedagogia do Oprimido, continua sendo traduzida e publicada em diferentes idiomas, demonstrando a atualidade de seu pensamento no contexto do avanço do neoliberalismo, o qual, como ele afirma no seu último livro, Pedagogia da Autonomia, "nega o sonho e a utopia". As contribuições de Paulo Freire alcançaram públicos muito diversos e atravessaram tanto fronteiras geográficas quanto fronteiras das ciências e das profissões. Ao mesmo tempo em que suas reflexões foram aprofundando o tema que perseguiu por toda a vida – a educação como prática da liberdade – suas abordagens transbordaram-se para outros campos do conhecimento, criando raízes nos mais variados solos, fortalecendo teorias e práticas educacionais, bem como auxiliando reflexões não só de educadores, mas também de médicos, terapeutas, cientistas sociais, filósofos, antropólogos e outros profissionais. O doutrinador não problematiza; impõe sua própria verdade; é sectário. Paulo Freire sempre duvidou de suas certezas, manteve-se aberto ao diálogo, às diferenças, à diversidade sem perder jamais sua radicalidade.

     Paulo Freire recebeu inúmeros prêmios, títulos e homenagens em todo o mundo. Pedagogia do Oprimido é o único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus. (http://g1.globo.com/educacao/noticia/2016/02/so-um-livro-brasileiro-entra-no-top-100-de-universidades-de-lingua-inglesa.html).

     O acervo de Paulo Freire, que fica no Instituto Paulo Freire, é reconhecido como patrimônio da humanidade, em nível nacional e latino-americano, pelo Programa Memória do Mundo da UNESCO/Memory of the World – MOW. O mesmo acervo é reconhecimento pelo Conselho Nacional de Arquivos (Conarq) do Brasil.

     Diante de sua história e de suas contribuições à educação brasileira, à educação latinoamericana e à história mundial das ideias pedagógicas, repudiamos veementemente a proposta de revogação da lei que institui Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira (Lei 12612/2012) e conclamamos a todos a se somarem ao Conselho Mundial de IPFs e, em especial, ao Instituto Paulo Freire do Brasil, assinando a Carta Aberta ao Congresso Nacional Brasileiro.

#PauloFreireSempre   #PatronodaEducaçãoBrasileira

Contato:

E-mail: ipf@paulofreire.org

Assunto: Patrono da Educação Brasileira

domingo, 1 de outubro de 2017

PROCESSO DE MUNICIPALIZAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL VILAR DOS TELES

A Comunidade Escolar através do seu Conselho Escolar - Reivindica junto a Secretaria de Estado de Educação-RJ e a Secretaria de Educação da Prefeitura de São João de Meriti, a participação em todo o processo de municipalização. Pois, o futuro dos nossos alunos é de interesse de todos os envolvidos nesse processo de municipalização da E.E.Vilar dos Teles.  
Atenciosamente,
Prof. Leonardo Simião
(Vice-presidente do Conselho Escolar).

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

MUSEU VIVO DO SÃO BENTO EM DUQUE DE CAXIAS-RJ

II JORNADA DE MUSEOLOGIA 
SOCIAL DO RIO DE JANEIRO
QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS
MUSEU & ESCRAVIDÃO:
MEMÓRIA, PATRIMÔNIO E RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS.


terça-feira, 12 de setembro de 2017

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

II JORNADA DE MUSEOLOGIA SOCIAL DO RJ

No dia 16 de setembro de 2017, acontecerá a II Jornada de Museologia Social do Rio de Janeiro: Questões Contemporâneas com a temática “Museu e Escravidão: Memória, Patrimônio e Questões Étnico-raciais”.
16 DE SETEMBRO DE 2017 (sábado)
na Sede do Museu Vivo do São Bento (Rua Benjamin da Rocha Júnior, s/n, São Bento, Duque de Caxias, RJ) das 09h às 13h com Eduardo Possidônio (UFRRJ), Mariza Revert (UNIRIO) e Myrian Sepúlveda (UERJ).
As inscrições podem ser realizadas por este link ou através do telefone (21) 2653-7681.
Mais informações através do telefone (21) 2653-7681 ou do nosso Fale Conosco.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

BIENAL INTERNACIONAL DO DO LIVRO - 2017

XVIII BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO RIO -31 DE AGOSTO - 10 DE SETEMBRO NO RIOCENTRO - 2017.


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

EVENTO NA BAIXADA FLUMINENSE

Evento gratuito terá como palestrante o sociólogo Ignácio Cano

Promover um amplo debate sobre políticas públicas e capacitar gestores na Baixada Fluminense. Este é um dos objetivos da aula inaugural A Baixada que Queremos – Curso de Formação de Gestores em Políticas Públicas. O evento,  que terá como palestrante o professor e sociólogo Ignácio Cano, acontecerá no dia 23 de agosto, às 10h, na sala de cinema do Sesc São João de Meriti. A aula inaugural é gratuita e aberta ao público, mas os interessados devem chegar com uma hora de antecedência para se inscrever, pois o local é sujeito à lotação de 80 pessoas.

Ignácio Cano é doutor em Sociologia, professor associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e pesquisador do Laboratório de Análise da Violência da UERJ. Cano tem experiência na área de Psicologia Social e Sociologia com ênfase em outras sociologias, atuando principalmente nos temas: metodologia de pesquisa, políticas públicas, educação, direitos humanos, violência e segurança pública.

“A aula inaugural versará, inicialmente, sobre o conceito de políticas públicas como forma de atuação do Estado e como forma de implementação, na sua atuação em relação aos cidadãos, dos princípios constitucionais de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Falaremos também sobre o ponto de vista socioeconômico das políticas públicas e a importância de que as políticas públicas sejam precedidas de diagnósticos apropriados aos problemas e necessidades da população. Por fim, apresentaremos as dificuldades de avaliar o impacto das políticas e os projetos sociais e mostraremos, de forma resumida, as metodologias apropriadas para este fim”, adianta Ignácio Cano.

A Baixada que Queremos – Curso de Formação de Gestores em Políticas Públicas é uma iniciativa do projeto Baixada para Cima! em parceria com professores do Departamento de Sociologia/projeto de Extensão QUANTIDADOS, da Sub-reitoria de Extensão da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O Baixada para Cima! é um projeto que conta com o co-financiamento da União Europeia, apoio da Regione Marche, e coordenação da instituição italiana Comitato Internazionale per lo Sviluppo dei Popoli (Comitê Internacional para o Desenvolvimento dos Povos) - CISP, e da ONG brasileira Se Essa Rua Fosse Minha – SER.

A aula inaugural contará como primeira aula para os alunos selecionados para o curso, que é gratuito e tem o objetivo de contribuir para a qualificação profissional de gestores e técnicos das prefeituras da Baixada Fluminense, técnicos dos CRAS e CREAS destas prefeituras, líderes comunitários da região e representantes das Organizações da Sociedade Civil. Trata-se de uma iniciativa voltada para a qualificação dos recursos humanos das prefeituras da Baixada Fluminense e sociedade civil da região, bem como um esforço de aproximação desses atores igualmente engajados nos debates em torno dos temas de educação, saúde, cultura, assistência social e juventude.

A capacitação terá carga-horária de 30 horas na modalidade presencial. As aulas serão a partir de 30 de agosto, toda quarta-feira (exceto feriado), das 9h às 16h, no Sesc São João de Meriti. A formação terá as disciplinas: Gestão em Políticas Municipais; Orçamentos Governamentais para a Sustentabilidade; Introdução à Teoria da Política Pública; Processo de Formulação de Políticas Públicas; Orientações para a Elaboração de Diagnóstico; Indicadores Sociais; Fonte de recursos financeiros; Implementação de Políticas Públicas; e Metodologia de Avaliação de Políticas Públicas.

sábado, 19 de agosto de 2017

DIA DO HISTORIADOR - 19 DE AGOSTO !

"A função do historiador é lembrar a sociedade daquilo que ela quer esquecer" (Peter Burke)
Feliz dia do historiador a todos os meus professores, amigos e a mim mesmo. Pois, fazemos da nossa luta diária, uma intervenção no mundo. Na busca do incentivo, da preservação e da divulgação da história. 

terça-feira, 1 de agosto de 2017

III MARCHA DAS MULHERES NEGRAS - COPACABANA


Por: Tiago Nascimento - 31 de julho de 2017

Empoderamento, protagonismo, orgulho, raça: a III Marcha das Mulheres
Negras no Centro do Mundo levou milhares de mulheres negras de todas
regiões do Rio para Copacabana neste domingo, 30. Quilombolas,
militantes, artistas, religiosos, trabalhadoras e estudantes
compareceram ao evento, que começou às 9 h da manhã e só terminou
depois das 20 h com feira de empreendedoras e uma roda de samba
comandada pelo grupo feminino Só Damas.

Ônibus e vans trouxeram comitivas de todo canto. Entre grupos e
organizações, também estavam famílias inteiras. A participação
masculina foi apenas no apoio ao ato – o dia era delas. O evento
seguiu tranquilo, com palavras de ordem e perfomances. Um dos momentos
mais emocionantes foi quando empregadas e babás que estavam no prédios
à beira-mar foram para as janelas acenar para marcha, recebidas com
aplausos e solidariedade. “Lugar de mulher preta é em todos os
lugares!”, bradava o carro-de-som que comandava a passeata.

Julio Barroso: ‘Todo o poder para a mulher negra’

Com as Yalorixás sempre à frente abrindo os caminhos, a Marcha das
Mulheres Negras lembrou algumas injustiças que entraram para a
história recente, como a saída da cadeia da ex-primeira-dama Adriana
Ancelmo, acusada de fazer parte de esquema de pagamento de propina que
desviou milhões dos cofres públicos e que contrasta com as milhares de
mulheres negras que têm o direito de estar perto de seus filhos negado
pela mesma Justiça que lhe concedeu liberdade.

A cantora Tia Rosa e seus netos. (Créditos: Tiago Nascimento / ANF)

– Eu espero, com a força dos Orixás e dos nossos irmãos, que essa luta
tenha um fim legal. Que nossos filhos possam caminhar tranquilamente
pelas cidades, ir tranquilamente aos shoppings e estudar. A maior
preocupação de uma mãe negra é quando seu filho sai para onde for,
seja para estudo ou para trabalho. Nós morremos um pouquinho em nossas
casas só pensando que eles podem sofrer uma agressão, uma bala
perdida. O racismo é muito cruel, o racismo mata, afirma a cantora Tia
Rosa, moradora do bairro Santa Rita, em Nova Iguaçu.

Estavam presentes as mulheres negras de Itaboraí, município que sofre
com a interrupção das obras do Complexo Petroquímico do Estado do Rio
de Janeiro, paradas desde o início da crise do Estado em 2014: “Somos
do município do Comperj, que deixou muitas mulheres desempregadas.
Hoje, nós estamos marchando pela dignidade desse povo que vive lá. Não
sabemos quando voltam (as obras)“, explica a presidente do Fórum
Permanente de Mulheres Edinéia Nascimento.

Yalorixás vieram à frente da marcha. (Créditos: Tiago Nascimento / ANF)

A luta pela liberdade de Rafael Braga, único preso das manifestações
de 2013, ganhou amplo destaque na III Marcha das Mulheres Negras no
Centro do Mundo. Rafael hoje enfrenta uma acusação de tráfico de
drogas que, segundo ele, teriam sido plantadas por policiais na Vila
Cruzeiro, onde vive sua família. Algumas personalidades femininas da
política também marcaram presença, como a ex-secretária municipal de
cultura Jandira Feghali e a primeira governadora negra do Estado do
Rio Benedita da Silva, que a todo o momento era ovacionada.

– Hoje é nossa realização, de tudo que nós, mulheres negras, estamos
construindo no país. A marcha é pela nossa realização, pelo nosso
bem-viver e pelas trabalhadoras do Estado aposentadas que estão sem
receber seus salários. A marcha é contra o extermínio da comunidade
negra, afirma Lenir Claudino, a Leninha, da Secretaria de Gênero e
Raça do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, Trabalho e Previdência
Social do Estado do Rio de Janeiro (Sindsprev-RJ).

A organização estima que a Marcha das Mulheres Negras levou mais de
dez mil pessoas para a Zona Sul do Rio. O evento superou as
expectativas.

– Foi um sucesso absoluto. Estamos aqui contra o racismo, a
intolerância religiosa, contra a lesbofobia, feminicídio negro, o
genocídio negro, contra todo tipo de preconceito sofrido diariamente
pela população do Rio de Janeiro, em especial as mulheres negras. Já
vamos começar a construir nossa quarta marcha. Vamos marchar todos os
dias para dizer não a este governo golpista, resume Ignez Teixeira,
uma das organizadoras da marcha e membro do Fórum Estadual de Mulheres
Negras do Rio de Janeiro.
Tiago Nascimento colaborador ANF, gosto de contar boas histórias através do cinema, do jornalismo e da poesia. Também gosto de distribuir o jornal A VOZ DA FAVELA, tenho um ponto de distribuição no bairro da Glória, perto da rua Candido Mendes. Apareçam para um bate-papo.

quinta-feira, 27 de julho de 2017

O POETA DA LIBERDADE

Agostinho Neto e a liberdade angolana

Nova África mostra a história do idealizador da independência de Angola

Nova África - TV BRASIL



Angola é o quinto maior país africano e é reconhecido pelo mundo como uma das nações com maior potencialidade econômica da região. Com acesso ao mar, recursos a agrícolas e minerais abundantes, 18 milhões de pessoas respiram o ar da liberdade e desfrutam de um país em franco desenvolvimento.

Mas nem sempre as coisas foram assim. A liberdade de Angola não ocorreu com facilidade e custou o sangue e a vida de muitas pessoas. O Nova África mostra a saga de um guerreiro e idealizador da independência angolana: Agostinho Neto. Filho de um pastor evangélico e de uma professora, Agostinho desde sempre demonstrou capacidade para os estudos.
O ingresso no curso de medicina na Universidade de Coimbra proporcionou a Agostinho Neto novas perspectivas sociais. Mais tarde, seu posicionamento político acabou levando-o à prisão pela polícia política portuguesa.
O programa mostra os primeiros passos de Agostinho Neto na revolução ao participar da fundação do Movimento Anti-colonialista(MAC), impulsionado pelo também revolucionário Guineense, Amílcar Cabaral. Veja também como foi criado o Movimento Popular de Liberação de Angola (MPLA), que até hoje se encontra no poder e responsável pelas evoluções do país.
Mbeto Traça, general angolano que conviveu com Agostinho, revela fatos inéditos sobre esse herói nacional e a sua sensibilidade à frente dos problemas enfrentados por uma Angola colonial.
Quem também fala sobre Agostinho é a sua esposa Maria Eugênia Neto, e sua filha Irene Neto, que contam sobre o dia a dia de Agostinho e a sua simplicidade e sensibilidade aos problemas da população. O programa mostra as dificuldades políticas enfrentadas por esse combatente da liberdade e as suas superações em um período político conturbado em todo o hemisfério.

terça-feira, 25 de julho de 2017

25 DE JULHO - DIA NACIONAL DA MULHER NEGRA

25 DE JULHO - DIA NACIONAL DA MULHER NEGRA. #Mulher #Negra

A data foi instituída pela Lei nº 12.987/2014, inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha, criado, em julho de 1992, como um marco internacional da luta e resistência da mulher negra no mundo. Essa data também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual Estado de Mato Grosso durante o século XVIII.
Em comemoração, serão realizadas audiências públicas, festivais, seminários, conferências e feiras, entre outras atividades, que têm por objetivo reafirmar a identidade, a história e a luta das mulheres negras brasileiras, representadas pela força e determinação de Tereza de Benguela.

A “Rainha Tereza”, como ficou conhecida, assumiu a liderança do Quilombo de Quariterê após a morte do companheiro, José Piolho, por soldados comandados pelas autoridades locais. Segundo documentos da época, o lugar abrigava mais de 100 pessoas, sendo 79 negros e 30 índios.

Números recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que 71% das mulheres negras estão em ocupações precárias e informais, contra 54% das mulheres brancas e 48% dos homens brancos. O salário médio da trabalhadora negra continua sendo a metade do salário da trabalhadora branca. Mesmo quando sua escolaridade é similar à escolaridade de uma mulher branca, a diferença salarial gira em torno de 40% a mais para esta.
Um outro estudo, realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em 2014, mostra que 68% da população das penitenciárias femininas do País são mulheres negras, contra 31% de mulheres brancas e 1% de indígenas. Os dados também apontam que 49% da população penitenciária feminina do País têm menos de 29 anos e 50% possui apenas o ensino fundamental incompleto. O levantamento revela, ainda, que o Brasil ocupa a 5ª posição da lista de 20 países com maior número de mulheres presas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China, Rússia e Tailândia.
Fonte: Portal Brasil - CIDADANIA E JUSTIÇA, com informações da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racialhttp://www.brasil.gov.br/…/dia-da-mulher-negra-e-comemorado…

segunda-feira, 17 de julho de 2017

FÓRUM GRITA BAIXADA

Lançado em 05 de junho de 2017, o Atlas da Violência 2017 (com dados de 2015) será apresentado e discutido pela primeira na Baixada Fluminense no dia 20 de julho.

A inciativa, fruto da parceria entre o Centro de Dreitos Humanos de Nova Iguaçu e o Fórum Grita Baixada, quer contribuir para um duplo objetivo: primeiro, lançar um olhar mais preciso e técnico sobre o fenômeno da violência. Hoje em dia há muitas visões distorcidas sobre as causas e as consequencias da violência, provocadas especialmente por informações incompletas e pouco aprofundadas, em especial da televisão, principal fonte de informação da maioria da população.

Se por um lado a violência é algo visível no quotidiano, ela não atinge a todos da mesma forma. Por exemplo, o número de mortes decorrentes de intervenção policial já ultrapassou o de latrocínio (roubo seguido de morte). Essa é uma informação que poucas pessoas conhecem. E qual a importância desse conhecimento quando vemos um discurso quase onipresente de maior efetivo policial nas ruas e da presença de guardas municipais armados?

Essa pergunta nos remete ao segundo objetivo do evento e que dá sentido ao título Para Além dos Números. Mais do que o conhecimento técnico em si, o que se pretende é realizar uma discussão política sobre tais informações, pois existem questões ligadas a quem morre e o real significado dessas mortes para a sociedade. Por exemplo, enquanto a taxa de homicídios dos não negros caiu 12,2% entre 2005 e 2015, a dos negros subiu 18,2%. Em que medida tal informação orienta as políticas públicas de segurança, assistência social, educação, esporte, cultura e lazer? Em que medida tal informação é apropriadada pela sociedade quando se pede a redução da maioridade penal?

Saiba Mais:
O Atlas da Violência é um publicação do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O encontro Para Além dos Números, que acontecerá dia 20 de julho no salão da Igreja Nossa Senhora de F´átima e São Jorge, no Centro de Nova Iguaçu, as 17h30min, contará com a presença do pesquisador do IPEA, Daniel Cerqueira; da Coordenadora da Anistia Internacional, Jurema Werneck e do assessor político do Centro de Direitos Humanos de Nova Iguaçu, Fransérgio Goulart.

A entrada é gratuita. A Igreja de Nossa Senhora de Fátima e São Jorge fica a poucos metros da estação de trem de Nova Iguaçu e próxima do Hospital Iguaçu. O Endereço da Igreja é Avenida Getúlio Vargas, 220 - Centro.

Dúvidas? Entre em contato com o Fórum Grita Baixada:
(21) 2767-0472 (ramal 207)
Atendimento de 9 às 12 horas e de 13 as 17 horas.

FONTE: http://forumgritabaixada.org.br/para-alem-dos-numeros

NEGRO, POBRE E FAVELADO




Semana de Mobilização Julho Negro começa hoje no Rio

Agência Brasil
A violação dos direitos humanos da população negra, pobre e de periferia no Brasil e em outras partes do mundo será tema de uma semana de mobilização chamada Julho Negro que começa hoje (17) no Rio de Janeiro. Até sexta (21), protestos, pesquisas e ações de conscientização vão levar o tema a diversos pontos da região metropolitana.
Realizado pela primeira vez em 2016, o projeto é organizado por movimentos de familiares de vítimas de violência policial, fóruns de moradores de favelas e periferias e parcerias internacionais como o movimento antirracista americano Black Lives Matter, movimentos de imigrantes haitianos e militantes pelos direitos humanos da população palestina.
Assessor do Centro de Direitos Humanos da Diocese Nova Iguaçu, Fransergio Goulart disse que o movimento começa hoje com atos contra a discriminação de religiões de matriz africana e pela valorização da vida dos moradores de favela. Ao longo da semana, serão feitas homenagens às vítimas da Chacina da Candelária, que completa 24 anos no próximo dia 23. Amanhã,  às 16h, haverá um ato em frente à igreja, e no dia 21, missa no mesmo local.
"Queremos pensar a criação de uma frente internacional para discutir a questão do racismo e da militarização, porque a vemos processos semelhantes na Palestina, nas favelas do Rio e no Haiti", disse Fransergio, que também é integrante do Fórum Grita Baixada e do Fórum Social de Manguinhos.
Estão previstas panfletagens contra o racismo na Central do Brasil e diálogos em favelas da capital e da região metropolitana. Questões de gênero também farão parte da programação, e mesa na quarta-feira à noite vai discutir machismo e masculinidades.
Na manhã de hoje, mães que perderam os filhos em ações policiais participaram de entrevista coletiva na Casa Pública, em Botafogo, para falar sobre a importância do projeto. Representando a Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, Maria Dalva da Costa Correia da Silva denunciou que moradores de comunidades pobres do Rio muitas vezes são mortos pela cor de sua pele e pelo lugar onde moram.
"Cada vítima que se vai, não vai sozinha, ela arrasta amigos e familiares. É muito difícil para a mãe, que tem outros filhos e que perde trabalho, porque a família está destroçada", disse a militante, que perdeu o filho Thiago na Chacina do Borel, em 2003. "Os policiais muitas vezes têm a mesma origem. E isso pra gente é muito triste. São pessoas pobres, de periferia".
Coordenadora e fundadora do Movimento Mães de Maio, Débora Silva pediu que as pessoas enfrentem o medo e se juntem à luta pelos direitos humanos e contra o racismo: "Mesmo se a gente não for pra luta, a gente morre lentamente, porque o que nos mata é a impunidade", disse ela, que perdeu o filho em maio de 2006, quando 564 pessoas morreram em operações policiais, ataques do Primeiro Comando da Capital e de grupos de extermínio.

FONTE: JORNAL DO BRASIL

NOVO LIVRO NA PRAÇA: ÁLBUM LIMA BARRETO - FOTOS LITERÁRIAS DE FATOS HISTÓRICOS


Por Sérgio Luiz Monteiro Mesquita


Tenho uma notícia, que muito me alegra, e espero que seja de alegria para muitos: lancei um livro com dois colegas, Regina Céli Alves da Silva e Alexandre Ribeiro Samis, cujo tema é a ligação entre a História e a Literatura na obra de Lima Barreto. Ele será o escritor homenageado pela Flip em Paraty. 

Abaixo, apresento a capa do livro, baseado numa aquarela pintada por um dos filhos de Regina, com o busto desse singular escritor, jornalista, cronista e contista, dedicado a escrever sobre os pobres, os oprimidos, os discriminados, os desajustados e perdedores da sociedade brasileira de seu tempo. Realmente, Lima Barreto caminhou na contramão (e por isso lidando com dificuldades e reprovações) da produção literária de seu tempo, ainda muito presa ao "sorriso da sociedade",e ao registro do mundo pela ótica dos ricos, dos poderosos e dos bem aquinhoados. 
Eu e meus colegas selecionamos trechos de quatro romances de Lima Barreto e fizemos sobre cada um desses trechos um comentário de fundo histórico. Mostramos assim algo do contexto da época em que ele viveu e sobre a qual escreveu - a virada do século XIX para o século XX, com as mudanças então acontecendo na sociedade brasileira, entre as quais as reformas na cidade do Rio de Janeiro, os inícios da República, e a reestruturação da vida social, cultural e econômica após o fim da escravidão no país. A temática é bastante interessante, e tem reflexos até hoje no Brasil. Vale tanto a pena ler, quanto refletir e discutir os pontos que são levantados no trabalho que fizemos.


Sinopse do livro


Álbum Lima Barreto é uma homenagem dos autores àquele que eles consideram uma voz importante para a cultura brasileira, em geral, e para a história e a literatura, em particular. Por isso, decidiram mostrar em quatro romances, dos cinco escritos pelo artista, os vários momentos e eventos históricos que permeiam as narrativas. Para levar a cabo tal tarefa, tiveram a ideia de produzir um álbum, no qual, em vez de imagens, pudessem mostrar trechos das obras do escritor, e, a partir deles, anotar no verso, como se costuma fazer com as fotografias, as referências expressas.
Assim, a leitura de Recordações do escrivão Isaías CaminhaTriste fim de Policarpo QuaresmaVida e morte de M. J. Gonzaga de Sá e Clara dos Anjos revestiu-se de um caráter, ao mesmo tempo, investigativo e lúdico, proporcionando aos produtores/organizadores do Álbum conjugar pesquisa acadêmica e estímulo à fruição artística.
Dessa forma, acreditam que poderão levar a um público amplo o contato com a obra do grande Lima Barreto. Através desse contato, esperam incentivar a leitura desses e de outros textos do autor, bem como situá-los à luz do seu contexto histórico. Por isso mesmo, tiveram o cuidado de explicar, além dos fatos aos quais os fragmentos se referem, os termos e nomes que aparecem citados.